sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Mudanças... e mudanças

AH chega a sexta e eu me inspiro, depois de uma correria estressante pelo menos essa noite eu tiro pra descansar( descansar!!!) acho que não é bem assim... além do meu trabalho vem os numerosos trabalhos da faculdade e nem dá para parar... mas foi minha escolha né????
Mas falando em escolhas... eu escolhi tentar fazer teatro na UFBA, mas antes vou terminar minha graduação em Letras e aí sim partir para meu grande sonho... Pensei em desistir mas pensando bem: eu não posso desistir dos meus sonhos!!!! jamais então bola pra frente.
e falando em mudanças... hum nem sei porque o título foi mudança (KKKK) mas a verdade é que eu estou mudando e em todos sentidos possíveis e com certeza é pra melhor.
Aproveitando essa onda drumondiana que anda prairando sobre mim, eu vou deixar alguns de seus poemas aqui... poemas de amor... mas não pensem que estou apaixonada... ou eu sempre estive apaixonada???? e estou apaixonada... tô apaixonada???? será????


O Amor Bate na Aorta
Cantiga de amor sem eira nem beira,
o mundo de cabeçapara baixo,
suspende a saia das mulheres,
tira os óculos dos homens,
o amor, seja como for,é o amor.
Meu bem, não chores,
hoje tem filme de Carlito.
O amor bate na portao
amor bate na aorta,
fui abrir e me constipei.
Cardíaco e melancólico,
o amor ronca na horta entre pés de laranjeiraentre
uvas meio verdese desejos já maduros.
Entre uvas meio verdes,
meu amor, não te atormentes.
Certos ácidos adoçama boca murcha dos velhos
e quando os dentes não mordem
e quando os braços não prendem
o amor faz uma cócega
o amor desenha uma curva
propõe uma geometria.
Amor é bicho instruído.
Olha: o amor pulou o muro
o amor subiu na árvore
em tempo de se estrepar.
Pronto, o amor se estrepou.
Daqui estou vendo o sangue
que corre do corpo andrógino.
Essa ferida, meu bem,às vezes não sara nunca
às vezes sara amanhã.
Daqui estou vendo o amor irritado,
desapontado,mas também vejo outras coisas:
vejo beijos que se beijam
ouço mãos que se conversam
e que viajam sem mapa.V
ejo muitas outras coisasque não ouso compreender...

Ao Amor Antigo

O amor antigo vive de si mesmo,
não de cultivo alheio ou de presença.
Nada exige nem pede.
Nada espera,
mas do destino vão nega a sentença.

O amor antigo tem raízes fundas
,feitas de sofrimento e de beleza.
Por aquelas mergulha no infinito,
e por estas suplanta a natureza.

Se em toda parte o tempo desmorona
aquilo que foi grande e deslumbrante,a antigo amor,
porém, nunca fenece
e a cada dia surge mais amante.

Mais ardente,
mas pobre de esperança.
Mais triste? Não. Ele venceu a dor,
resplandece no seu canto obscuro,
tanto mais velho quanto mais amor.

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