domingo, 22 de julho de 2007

Luto e desespero


Ainda estou chocada com a cena dessa semana, o acidente com o air bus da TAM que vitimou quase 200 pessoas. Foram momentos de angústias e desespero que finalizou com o luto de inúmeras famílias: são filhos sem pais; pais sem filhos; maridos sem esposas; esposas sem maridos e famílias sangrando por não terem nem tempo de dizer um " adeus" . E a grande discurssão taí: QUEM SÃO OS CULPADOS???? é ema bola de ping-pong, nessas horas ninguém quer se responsabilizar mas a verdade está aos nossos olhos e nós cidadãos é que somos os punidos, estamos inseguros, traumatizados, indignados, fragilizados e em luto e é de vital importância solucionarmos logo esse problema ao invés de ficarmos jogando a bola para cada lado.

NÃO QUEREMOS MAIS VER NOSSOS IRMÃOS MORRENDO ASSIM...

NÃO DÁ MAIS PARA VIVER ASSIM...

QUEREMOS SEGURANÇA E TRANQUILIDADE

QUEREMOS VOAR EM PAZ


Também deixo aqui minha condolências a todas as famílias que hoje vivem esse drama..

quarta-feira, 11 de julho de 2007

UM BOM PROGRAMA PARA OS FINS DE SEMANA

Salvador ganha sala de cinema com preços populares


A população de Salvador ganha hoje (6) mais uma sala de cinema com exibição de filmes a preços populares. A iniciativa é fruto do Projeto Sala de Arte-UFBA, que inaugurou o espaço no Pavilhão de Aulas da Ufba no bairro do Canela, com capacidade para 110 pessoas, além de contar com galeria e café. O ingresso custa R$ 4, com preço diminuído pela metade em um dia da semana. A programação de estréia conta com a exibição do inédito documentário 'A odisséia musical de Gilberto Mendes' (2005), sobre um dos maiores compositores brasileiros de música erudita do século XX, dirigido por seu filho, Carlos de Moura Ribeiro Mendes, além do filme do 'A batalha de Argel' (1966), do diretor italiano Gillo Pontecorvo, na sessão Cineclube.
*Com informações da UFBA
Fiquei feliz e ansiosa com essa iniciativa, vai ser um local alternativo, onde pode-se assistir vários tipos de filmes ( não comerciais), além de ser um local agradável para troca de conhecimentos e para conhecer pessoas que tem em comum o gosto pelo cinema - sem modismos - quando for em Salvador já tenho um bom programa e quem já mora aí vale a pena prestigiar...


sábado, 7 de julho de 2007

Inspiração e trabalho

Estou em plena produção literária, estou escrevendo e criticando bastante meus escritos, para se atingir a perfeição é necessário correção. Eu concordo com joão cabral quando ele diz que escrever exige 50% de inspiração e 50% de suor, internalizamos que os artistas em geral são iluminados para produzir e que na verdade eles só utilizam a inspiração, quando na verdade não o é. A maioria dos grandes escritores em seus rascunhos demonstram o quanto trabalharam para chegar em um texto final. Assim deixo um artigo que li de Antonio Cícero e que concordei com os escritos dele sobre inspiraçãoXtrabalho.

A poesia é um segredo dos deuses?

Por Antonio Cicero


NUMA MESA-REDONDA de que participei recentemente, no encontro de escritores que tem lugar anualmente em Póvoa de Varzim, no norte de Portugal, o tema proposto para discussão foi: "A poesia é um segredo dos deuses". A propósito desse assunto, lembro que João Cabral dividia os poetas entre aqueles que tinham a poesia espontaneamente, como presente dos deuses, e aqueles -entre os quais ele mesmo se situava- que a obtinham após uma elaboração demorada, como conquista humana. Ora, o tema da nossa mesa havia sido proposto tanto para deixar à vontade os poetas do primeiro grupo, isto é, os que acreditam na inspiração, quanto para provocar os do segundo, isto é, os que não acreditam nela, de maneira que uns e outros se sentissem livres para expor as suas poéticas divergentes. Quanto a mim, não sinto que caiba inteiramente em nenhum desses dois grupos. Certamente considero uma tolice pensar que a poesia seja pura inspiração, pura dádiva dos deuses; mas penso que há também um quê daquela violência que os gregos chamavam de "húbris", um quê de insolência e arrogância na tese de que ela seja o resultado plenamente consciente e calculado do trabalho. A inspiração é o nome que damos à contribuição indispensável do incalculável, do inconsciente, do acaso e mesmo do equívoco à elaboração do poema. Nenhum grande poeta -nem mesmo João Cabral- jamais pôde deixar de se fazer disponível e receptível à irrupção dessas gratas e imprevisíveis contribuições. "A arte ama o acaso", diz Aristóteles, com razão, "e o acaso, a arte". E o acaso e a arte se encontram inextricavelmente entrelaçados na feitura do poema. A tal ponto isso me parece verdade que não acho muita graça nas boutades segundo as quais a poesia seria 10% inspiração e 90% transpiração. Por quê? Porque elas sugerem a idéia comum e equivocada de que o poeta tem, em primeiro lugar, a inspiração, para depois ter o trabalho de desenvolvê-la e poli-la. Ora, penso que é justamente durante o trabalho, na busca de alternativas ao imediato e fácil, ou na tentativa de solucionar problemas criados pelo desenvolvimento do próprio poema, que a inspiração é mais solicitada e bem-vinda; e, por sua vez, a incorporação do impremeditado ao poema exige sempre uma nova elaboração, de modo que jamais se pode saber ao certo quanto do resultado final se deve à inspiração ou ao trabalho. O fato é que a mim são muito simpáticos os deuses que representam as fontes de inspiração dos poetas, como Apolo e as Musas. A estas, aliás, já dediquei, em gratidão, pelo menos um dos poemas que fiz. Entretanto, dado que também reconheço o papel indispensável do trabalho consciente na produção dos poemas, não acho correto dizer que a poesia seja um presente delas. E, por duas razões, parece-me claro que a poesia não pode ser um segredo dos deuses. A primeira é que a poesia é um fenômeno humano, demasiadamente humano. Longe de consistir numa atividade puramente racional, ela lida com o que é particular, finito, humano. Ela usa palavras particulares de línguas particulares, finitas, humanas. Ela lida com a morte, a paixão, a perda, a ilusão, a esperança, o medo, a imaginação, o cômico, o trágico etc., que são realidades particulares, finitas, humanas. E a própria beleza da poesia é encarnada, sensual, particular, finita, humana. Os deuses -imortais, olímpicos, abençoados, oniscientes- não entenderiam tais coisas ou as desprezariam, pois se encontram muito acima delas. Conhecendo a poesia, o ser humano conhece uma maravilha que nenhum deus é capaz de conhecer. Ademais, a poesia não pode ser um segredo, nem dos deuses, nem dos homens, nem mesmo do ponto de vista lógico. Por quê? Porque um segredo é algo que, em princípio, poderia ser revelado. Por exemplo, a fórmula de uma bomba ou a receita de um doce podem ser segredos, porque podem, em princípio, ser revelados. Se alguém diz que sabe um segredo, mas que não seria capaz de revelá-lo de modo nenhum, essa pessoa está mentindo. Um segredo tem que ser conhecido ao menos por uma pessoa ou um deus. Ora, é possível fazer um bom poema, mas não é possível, nem em princípio, saber como deve ser um poema, para ser bom. Essa é, na verdade, uma das poucas certezas que um poeta pode ter: é absolutamente inconcebível que haja fórmulas, receitas ou segredos -divinos ou humanos- para a feitura de um bom poema. Logo, a poesia não é um segredo dos deuses.

Uma breve crônica brasileira

Maria Alice, 25 anos. Recém graduada em administração de empresas e com um currículo de dar inveja a qualquer cidadão. Sai de casa todos os dias ás 06:30h da manhã cheia de esperanças de final da tarde voltar para casa com um emprego, mais hoje ainda não é o seu dia de " sorte". Volta para casa cansada e frustada. Sua mãe e seu pai aguardam ansiosos e ouvem a fatídica resposta da filha... Não foi hoje... ainda! Seu pai indignado reclama, xinga, implora. Sua filha com tantos cursos, fez faculdade, é inteligente, o que será que está faltando? Maria Alice com toda calma do mundo explica que infelismente o mercado está aberto para pessoas com " experiência" . Novamente seu pai fica enfurecido e preocupado pois experiência se conquista com trabalho e no momento isso é que faltava a sua filha, será que ela nunca conseguiria colocar em prática tudo o que estudou? e no auge da indignação pede para que sua filha desista de todo dia correr atrás de algo que talvez nunca fosse conseguir. E Maria Alice com sua calma habitual sorri e fala a seu pai: - Papai, não posso desistir, não se esqueça de que " SOU BRASILEIRA E NÃO DESISTO NUNCA!!!" E no dia seguinte sua história se inicia novamente...

FUTURO...

"O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os temerosos, o desconhecido. Para os valentes, a oportunidade." -- Victor Hugo

Hoje estava pensando no futuro, o que me espera??? tenho tantos planos e metas que corro atrás para realizá-los, porém ás vezes me pego pessimista e insegura... mas se o alicerce for bom a construção será forte e é isso que eu espero. Estou (re) lendo Genealogia da Moral de Nietzsche e novamente estou em meio ao desequilíbrio para retornar ao equilibrio ( dá pra entender???) na verdade estou trabalhando em meu projeto de pesquisa que vai fazer uma análise do livro noite da taverna de Álvares de Azevedo sob uma visão da moral segundo Nietzsche, ainda não comecei só estou fazendo as citações, quando ficar pronto eu publico aqui... RS